Quase US$ 10 bilhões foram investidos em fundos negociados em bolsa (ETFs) dos Estados Unidos que investem diretamente em bitcoin (BTC) desde que Donald Trump foi eleito presidente, em uma aposta de que seu apoio ao setor de criptomoedas sinaliza um boom para o mercado.
Na semana passada, o presidente eleito nomeou um apoiador de ativos digitais para liderar o órgão regulador de valores mobiliários dos EUA (SEC) e escolheu, pela primeira vez, um chefe para políticas da Casa Branca para inteligência artificial e criptomoedas.
Trump prometeu substituir o ceticismo da administração Biden em relação aos ativos digitais por regras favoráveis e até apoiou a ideia de criar uma reserva nacional estratégica de bitcoin. Embora anteriormente cético em relação às criptomoedas, o republicano mudou sua postura após a indústria liberar um grande orçamento de campanha eleitoral para promover seus interesses.
O bitcoin ultrapassou a marca de US$ 100.000 por unidade pela primeira vez em 5 de dezembro e estava sendo negociado a US$ 98.860 às 11h55 desta segunda-feira (9), no horário de Singapura. A sequência de seis semanas consecutivas de ganhos da criptomoeda até domingo é a mais longa desde o frenesi das criptos em 2021.
A volatilidade atingiu o bitcoin um dia após a criptomoeda alcançar o marco histórico de seis dígitos. As oscilações fizeram o maior ativo digital cair brevemente para cerca de US$ 92 mil, levantando cautela sobre as perspectivas imediatas.
Um avanço “sustentado e consistente” acima dos 100 mil dólares pode depender de novos catalisadores positivos, escreveu David Lawant, chefe de pesquisa da corretora cripto FalconX, em uma nota.
Os reguladores dos EUA também autorizaram ETFs de ether (ETH) no mercado à vista, um grupo de nove fundos que atraiu quase US$ 2 bilhões em subscrições líquidas após a vitória eleitoral de Trump. O ether, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, tem superado o desempenho do bitcoin recentemente.