O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não foi condenado a prisão nem pagará uma multa em relação à sua condenação criminal por conta de pagamentos de suborno a uma ex-atriz pornô para que ela não revelasse um caso extraconjugal com o empresário durante a campanha presidencial de 2016. Apesar de não cumprir tempo de detenção, Trump ficará registrado como culpado pelo caso em seus antecedentes.
Ao conceder a exoneração incondicional, Merchan registrará uma condenação definitiva nos antecedentes de Trump – sem qualquer outra penalidade legal, como prisão, multa ou liberdade condicional. Trump se declarou inocente e prometeu recorrer da sentença de culpado.
Joshua Steinglass, promotor do escritório do procurador distrital de Manhattan, disse ao tribunal que os promotores recomendaram a sentença de exoneração incondicional. No entanto, ele criticou a conduta de Trump durante o julgamento, afirmando que ela “constitui um ataque direto ao próprio estado de direito.” Ele também destacou que Trump prometeu publicamente promover retaliações contra os promotores que buscaram responsabilizá-lo neste e em outros casos criminais.
Steinglass disse que Trump classificou os procedimentos do tribunal como “corruptos”, “manipulados”, uma “caça às bruxas” e uma “farsa”, e destacou que o tribunal que avaliou o caso de suborno de Trump já o havia considerado culpado de 10 violações distintas de desacato.
Trump também falou durante a audiência, chamando o julgamento de uma “experiência muito terrível” e um “tremendo retrocesso” para Nova York e para o sistema judiciário do Estado, segundo a “CBS News”.