Repelentes contra mosquitos estão em falta em toda a Argentina, enquanto o país enfrenta seu pior surto de dengue de todos os tempos.
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“Isso é motivo de preocupação, pois representa três vezes mais casos do que os notificados na mesma data em 2023, um ano recorde com mais de 4,5 milhões de casos notificados na região”, disse o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa.
Barbados, Costa Rica, Guatemala, Martinica e México também registaram aumentos, disse Barbosa. A dengue também é conhecida como febre quebra-ossos devido às altas temperaturas e fortes dores que causa. Embora a maioria das infecções melhore após cerca de 10 dias, alguns casos requerem hospitalização. As pessoas infectadas pela segunda vez correm maior risco de acabar no hospital.
Depois que Jorge Munua encheu as prateleiras dos 11 supermercados de sua família na região metropolitana de Buenos Aires com cerca de 7.000 latas de repelente, elas foram vendidas em poucas horas – apesar do limite de uma lata por cliente. Até o extrato de baunilha, principal ingrediente da alternativa “faça você mesmo”, sumiu das prateleiras, disse ele.
“As pessoas estão fazendo seus próprios remédios caseiros porque a verdade é que não há repelente em lugar algum. Liguei para atacadistas, outros supermercados. Assim que os estoques chegam, a loucura é tanta que eles simplesmente desaparecem das prateleiras”, disse Munua, diretor comercial da rede de supermercados El Abastecedor. “É exatamente como aconteceu com desinfetante de mãos durante a pandemia.”
Na segunda-feira (8), o governo do presidente Javier Milei suspendeu restrições à importação de repelentes de mosquitos durante 30 dias, incluindo requisitos de inspeção mais flexíveis por parte das autoridades de saúde locais. Na sua primeira entrevista televisiva na semana passada, o ministro da Saúde, Mario Russo, disse que os benefícios da isenção entrariam em vigor “provavelmente nas próximas duas semanas”.