O bitcoin (BTC) opera em leve alta nesta quarta-feira (3) após despencar US$ 4 mil ontem em uma combinação de fatores macro e micro. Além dos dados industriais acima do esperado nos Estados Unidos, que reduzem a possibilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve na próxima reunião, o dia também foi marcado pela movimentação de US$ 2 bilhões em BTC de uma carteira de criptoativos marcada como sendo do governo americano. A operação poderia estar ligada aos ativos apreendidos no caso do mercado ilegal da deep web, Silk Road.
Perto das 9h52 (horário de Brasília) o bitcoin tem alta de 0,7% em 24 horas, cotado a US$ 65.840 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, apresenta ganhos de 0,3% a US$ 3.307, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,61 trilhões. Em reais, o bitcoin tem desvalorização de 1,62% a R$ 337.149, enquanto o ether recua 0,93% a R$ 16.932, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) sobe 4,9% a US$ 187,66, o BNB (token da Binance Smart Chain) tem leve alta de 0,3% a US$ 555,02 e a avalanche (AVAX) recua 0,5% a US$ 46,83.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, a queda do bitcoin acompanhou o aumento no volume de negociações e liquidez, com os principais mercados europeus retomando suas atividades depois do feriado de Páscoa. “Também pesa contra o bitcoin no curto prazo a percepção de que os cortes de juros nos Estados Unidos não virão na próxima reunião. A economia deu bons sinais de expansão, o que faz com que o Fed possa se sentir menos pressionado a reduzir as taxas agora”, avalia.
Usando análise gráfica, Fernando Pereira, analista da Bitget, diz que o bitcoin está se segurando em um suporte importante nos US$ 65 mil, região de preços que pode trazer mais pressão compradora, porém o mercado continua predominantemente vendedor. “Quedas de até 30% nas próximas semanas são plausíveis”, afirma.