O chefe da inteligência militar israelense, Aharon Haliva, renunciou, nessa segunda-feira (22), devido às falhas em torno do ataque do Hamas em 7 de outubro, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês). Essa é a primeira figura de alto escalão a renunciar por seu papel no ataque contra o território de Israel que matou 1.200 pessoas e desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.
Haliva já havia descrito publicamente o ataque como “uma falha de inteligência”, assumindo a culpa por não ter impedido o ataque como chefe do departamento militar responsável por fornecer ao governo e ao exército alertas e avisos de inteligência diários.
A decisão do general poderia abrir caminho para mais renúncias entre os principais líderes militares de Israel, com vários outros funcionários admitindo falhas na preparação contra o ataque do Hamas.
Além disso, é provável que aumente a pressão sobre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para assumir a responsabilidade pelas falhas que levaram ao 7 de outubro e lançar uma investigação completa e minuciosa sobre o episódio. O premiê tem desviado a culpa para seus chefes de segurança e afirmou que qualquer inquérito teria que esperar até o fim da guerra.