A economia global enfrenta uma década de “crescimento fraco” e “descontentamento popular” apesar de evitar uma recessão muito temida, alertou hoje a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante um discurso no Atlantic Council.
Segundo a dirigente do FMI, a “inflação não foi totalmente derrotada, os amortecedores fiscais foram esgotados e a dívida está alta, representando um grande desafio para as finanças públicas em muitos países”.
Combater os altos níveis de endividamento seria difícil em um ano em que há um número recorde de eleições e em um momento de ansiedade intensificada “devido à excepcional incerteza e anos de choques“, disse ela, acrescentando que as tensões geopolíticas “aumentam os riscos de fragmentação da economia mundial”.
Os comentários de Georgieva acontecem quando ela se prepara para receber governadores de bancos centrais e ministros das finanças em Washington na próxima semana, quando acontecem as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial.
Nos encontros, o Fundo deve publicar seu relatório atualizando as projeções para a economia global, que Georgieva afirmou que mostrará mais crescimento do que o antecipado em seu último World Economic Outlook (WEO) em janeiro, quando o FMI projetou que o PIB global permaneceria em 3,1% em 2024 e subiria para 3,2% em 2025.