O ether (ETH) segue em disparada nesta quinta-feira (23) e se aproxima cada vez mais de sua máxima do ano, atingida em 12 de março, quando a unidade da criptomoeda chegou a valer US$ 4.091. Vence hoje o prazo para que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) dê uma resposta à gestora VanEck sobre o pedido de lançamento de seu fundo negociado em bolsa (ETF) de ether. O bitcoin (BTC), por sua vez, opera perto da estabilidade.
Perto das 9h54 (horário de Brasília) o bitcoin tem leve alta de 0,4% em 24 horas, cotado a US$ 69.754 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, dispara 7,2% a US$ 3.928, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,75 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta leve valorização de 0,28% a R$ 359.000, enquanto o ether registra ganhos de 6,15% a R$ 20.000 de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) cai 2% a US$ 173,52, o BNB (token da Binance Smart Chain) tem leve baixa de 0,6% a US$ 607,65 e a avalanche (AVAX) tem alta de 0,7% a US$ 39,64.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o cenário macroeconômico voltou a pesar para as criptomoedas na véspera com a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que confirmou que alguns membros estariam dispostos a elevar os juros nos EUA. “Esse mal-estar, mesmo que momentâneo, tirou parte do fôlego dos investidores”, afirma.
Já Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, comenta que a meta de inflação continua sendo de 2%, mas no médio a longo prazo, uma vez que o nível geral de preços não está recuando conforme se esperava até o momento. “Existiu um tom na ata sobre a possibilidade de novos aumentos, deixando estes parênteses em aberto, e na minha visão, este tom mais cauteloso vem para dar mais uma acalmada nos ânimos da economia, para que a atividade não se acelere antes do tempo”, destaca.