Durante visita à nova sede da Anfavea, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a nova onda de investimentos das montadoras no país, que, segundo ele, chegarão a R$ 125 bilhões até 2032.
“Aconteceu alguma coisa”, destacou. “A indústria passou a ter confiança no Brasil, a acreditar, a ter segurança jurídica, estabilidade econômica e social. É tudo o que interessa para quem quer investir e trabalhar”, completou.
O presidente também elogiou o papel dos sindicatos nesse processo e previu um bom relacionamento entre o setor e as entidades sindicais. “Pena que eu não estou mais no sindicato”, disse.
Lula estava acompanhado do vice Geraldo Alckmin, também à frente do Mdic, e dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais.
Lula ainda pediu aos representantes da indústria automobilística a volta do salão do automóvel. A última edição da exposição, que era feita a cada dois anos, foi em 2018.
Lula disse que “um país do tamanho do Brasil” não pode deixar de ter salão porque o brasileiro gosta de carros. Ele mesmo, destacou, gostava muito de ir na mostra. Lamentou que, na época em que já era presidente da República ia na inaugurações de salões e não tinha tempo suficiente de admirar os carros expostos.
Lula ainda afirmou que “vocês precisam dar um pouco de retorno ao que demos a vocês”.
O presidente afirmou que “não há possibilidade de o governo não estar disposto a fazer tudo que for necessário para voltar a crescer”.
“Temos de ver onde estamos errando [e corrigir] para voltar à 6ª economia do mundo que já fomos”, disse.
Dirigindo-se a alguns de seus ministros, Lula disse que eles precisam “fazer com que o trabalhador possa ganhar um pouco mais para comprar o carro”.
“Tem mercado que a gente pode ganhar e competir e tem o nosso mercado interno”, afirmou. “Temos de ter consciência de produzir carro que possa ser consumido pelo trabalhador”, acrescentou.
Lula disse querer que a indústria automobilística no Brasil seja “grande” e que, “obviamente, a gente quer que ela exporte”. “Precisamos procurar os mercados que precisam do Brasil”, disse.
Lula também afirmou que “o Brasil está necessitando de um pouco de calma”, dizendo que o mesmo vale para o mundo em geral. “Não temos nada contra nenhum país, adoro a União Europeia, quero fazer acordo com todo mundo”, disse.