Em sua passagem pela cidade de São Paulo nesta quarta-feira (27), que teve uma agenda com quatro eventos, o presidente da França, Emmanuel Macron, não se encontrou em nenhum momento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em comparação, o francês esteve com os governadores Helder Barbalho (MDB), do Pará, e Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, nas visitas aos dois estados, sempre na companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Tarcísio é aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem uma rusga antiga com Macron, motivada por críticas do francês ao desmatamento na Amazônia. Bolsonaro também chegou a criticar em uma rede social a primeira-dama da França, Brigitte Macron.
No ano passado, o governador foi criticado por bolsonaristas por receber em audiência Graça Machel, viúva do sul-africano Nelson Mandela, que é chamado de terrorista e comunista por parte da direita.
A falta de contato também destoa da prática de Tarcísio, que costuma dar atenção a autoridades internacionais. Apenas neste ano ele se reuniu com representantes da Irlanda, Índia e Reino Unido, por exemplo, além de ter prestigiado a reunião de ministros da Fazenda do G20.
Aliados do governador minimizam o desencontro e o atribuem a questões de agenda. Uma reunião no aeroporto de Guarulhos entre os dois chegou a ser cogitada, mas não prosperou. A embaixada da França, procurada, não comentou.
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