A cidade de Nova York começará a testar tecnologia para detectar armas em um programa piloto em várias estações do metrô, disse o prefeito, Eric Adams, nesta quinta-feira.
O anúncio foi realizado após vários tiroteios no sistema de metrô, um dos maiores e mais movimentados do mundo, incluindo uma discussão em um trem em março que terminou com um homem atirando na própria cabeça com a sua arma.
Após um período de aviso prévio de 90 dias pela lei municipal para novas tecnologias de vigilância, o Departamento de Polícia de Nova York começará a testar scanners portáteis em várias estações. Adams não disse em quais.
“O anúncio é o próximo passo de nossos esforços em andamento para manter armas perigosas fora do nosso sistema de transportes e fornecer melhores serviços de saúde mental para cidadãos de Nova York”, disse Adams, um democrata que costumava patrulhar o metrô quando era policial, em um evento na estação de Fulton Street, em Manhattan, nesta quinta-feira.
A Legal Aid Society, que defende os direitos de novaiorquinos que não podem pagar advogados, disse que o plano é equivocado e uma invasão dos direitos dos cidadãos da cidade.
“Simplificando, sistemas de detecção de armas são falhos e frequentemente provocam alarmes falsos, o que induz ao pânico e cria situações que podem resultar na perda de vidas”, disse Jerome Greco, advogado da Unidade Forense Digital da Legal Aid, em um comunicado.
“Nova York não deveria servir como palco de testes para empresas de vigilância”, acrescentou.