As prisões dos suspeitos de mandar matar Marielle Franco, neste domingo (24), teve repercussão na imprensa internacional. A Operação “Murder Inc.”, da Polícia Federal (PF), prendeu os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.
A rede ABC News e os jornais “The New York Times” e “The Washington Post“, dos Estados Unidos, “The Guardian“, do Reino Unido”, e “El País“, da Espanha, foram alguns dos veículos internacionais que deram destaque às prisões.
O “The New York Times” escreveu que a Polícia diz ter desvendado o mistério do assassinato mais notório do Rio de Janeiro. “Quem matou Marielle Franco? Essa tem sido a questão que assombra o Rio de Janeiro nos últimos seis anos, desde que um homem armado assassinou a vereadora negra, gay e feminista, que lutava contra a corrupção arraigada e as gangues poderosas da cidade”, diz o texto.
A rede ABC News destacou que “a polícia brasileira prendeu os suspeitos de serem os mentores do assassinato da vereadora que virou ícone”, enquanto o “The Washington Post” afirmou que foi dado “um passo há muito tempo esperado, depois de anos de clamor por justiça”.
Já o “The Guardian“, do Reino Unido, deu destaque para o fato de um dos suspeitos de envolvimento no crime ser ex-chefe da Polícia Civil. Segundo a Polícia Federal, Rivaldo Barbosa teria atuado para proteger os irmãos Brazão, que teriam encomendado a morte da vereadora.
O jornal espanhol El País se refere aos irmãos Brazão como políticos “obscuros e poderosos do Rio”, mas destaca que a prisão do ex-chefe de polícia “surpreendeu muito mais”.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018. Eles voltavam para casa quando o carro em que estavam foi atingido por tiros, no Estácio, bairro central do Rio de Janeiro.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de colaboração premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter sido o autor dos disparos e revelou os nomes dos mandantes do crime.