A média do bônus salarial de Wall Street caiu ligeiramente em 2023. Dois fatos, conectados, explicam a queda: a fase de baixa nos negócios e o aumento do número de funcionários no setor.
O bônus anual médio em dinheiro caiu 2%, para US$ 176.500 (cerca de R$ 888 mil) em 2023, o menor desde 2019, de acordo com análise de Thomas DiNapoli, supervisor fiscal do Estado de Nova York.
A queda foi menos dramática do que em 2022, quando o bônus médio caiu 25%. Em todo o setor, o conjunto de bônus foi de US$ 33,8 bilhões (R$ 170 bilhões), que ficou inalterado em relação ao ano anterior e muito abaixo do total de US$ 42,7 bilhões em 2021.
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Segundo DiNapoli, a queda generalizada nas fusões e nas ofertas públicas iniciais continua a pesar sobre os bônus dos banqueiros, uma vez que as taxas de juros permanecem elevadas, prejudicando a atividade dos mercados de capitais.
Os principais executivos de alguns dos maiores bancos dos EUA esperam o fim da “seca de negociações” nos próximos meses, com a expectativa que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, finalmente comece a cortar as taxas.
Entretanto, mesmo com empresas como o Citigroup cortando postos de trabalho, a indústria de valores mobiliários de Nova York continua a registar aumento no emprego total, ressaltou DiNapoli. Em toda a indústria, a força de trabalho subiu para 198.500 no ano passado, aumento de 3,6% em relação a 2022 (nível mais alto em mais de duas décadas).
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Força do emprego
A força do emprego vem de uma recuperação na atividade comercial, particularmente no setor de crédito privado, disse DiNapoli em teleconferência na terça-feira (19). O mercado de crédito privado, no valor de US$ 1,7 bilhões, cresceu, alimentando uma intensa competição por talentos.
A estimativa do supervisor é baseada nas tendências das retenções de imposto de renda pessoal e inclui bônus em dinheiro para trabalho em 2023.
O esforço contínuo de Wall Street para trazer mais trabalhadores de volta aos escritórios levou a um aumento dos gastos na cidade e a um maior número de passageiros no metrô, disse DiNapoli.
Empresas financeiras, incluindo o Goldman Sachs Group Inc. e o Deutsche Bank AG, têm endurecido as suas regras de trabalho a partir de casa e exigido que os funcionários estejam no escritório com mais frequência.