A infiltração dentária é um problema que ocorre principalmente após a restauração, por meio de trincamento, má higienização, bruxismo (hábito involuntário de ranger os dentes), acidentes e até cáries. É um quadro que permite que pequenos espaços se formem entre o dente e o material restaurador, de modo que a saliva, bactérias, ou até alimentos penetrem na parte interna.
Isso pode levar a alguns sintomas, que vão de sensibilidade e dor, inclusive na gengiva, na boca e na cabeça. O dente também pode mudar de cor, para uma nuance mais escura.
Dentes fraturados também são indício de uma infiltração, assim como o mau hálito. Isso mesmo: quando a condição está em um estágio mais avançado, com retenção de placa bacteriana e restos de alimento no local, pode provocar um odor mais forte. A dificuldade ou deficiência na higienização bucal potencializa o problema.
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Vale lembrar que, em alguns casos, a infiltração não é visível a olho nu. Só mesmo o cirurgião-dentista para identificá-la e confirmá-la com um raio-x.
A boca é um ambiente repleto de bactérias e necessita de atenção redobrada, incluindo a escovação diária com o uso de fio dental. As consultas com o dentista também devem ser periódicas.
Ao sentir ou observar os primeiros sinais de uma infiltração dentária, procure a ajuda de um profissional, principalmente se passou por uma restauração ou tratamento de canal.
*Patrícia Almeida é cirurgiã-dentista, especialista em reabilitação oral e estética, idealizadora da Odontologia Almeida e integrante da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD). Tem um projeto chamado Florescer, que atende gratuitamente mulheres vítimas de violência doméstica, para devolver o sorriso, a dignidade e a autoestima.