O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou seu plano de utilizar o exército para ajudar na sua promessa de campanha de promover uma deportação em massa de imigrantes ilegais no país durante os primeiros meses de mandato.
Até o momento, a equipe de Trump divulgou poucos detalhes sobre como o plano será executado, mas o presidente eleito disse anteriormente que planeja declarar emergência nacional sobre o caso, o que lhe daria autoridade para mobilizar o exército americano em solo nacional.
O Congresso americano concede aos presidentes amplos poderes para declarar emergência nacional a seu critério, o que desbloquearia poderes extraordinários que incluem redirecionar recursos originalmente destinados a outros propósitos. Durante o primeiro mandato, Trump usou esse poder para aumentar os gastos para a construção de um muro na fronteira com o México autorizado pelo Congresso.
Mesmo que o novo governo dos EUA avance legalmente com os planos, iria enfrentar enormes desafios logísticos. Há o temor que os cerca de 20 mil agentes e funcionários das agências de controle de imigração não sejam suficientes para localizar e rastrear milhões de imigrantes ilegais.
Trump já selecionou vários aliados para funções ligadas à questão da imigração, como Kristi Noem, indicada para liderar o Departamento de Segurança Interna, e o ex-chefe da agência de imigração, Tom Homan, nomeado como “czar da fronteira” de Trump.
Stephen Miller, principal assessor de política de imigração de Trump, disse em entrevista ao “New York Times” no final de 2023 que recursos militares seriam usados para construir “vastas instalações de detenção que funcionariam como centros de triagem” para imigrantes enquanto os casos avançam na justiça americana.
Miller afirmou que o Departamento de Segurança Interna seria responsável pela administração dessas instalações.